quinta-feira, 10 de abril de 2014

Oblómov, Ivan Gontcharóv

" Embora digam que tais pessoas amam a todos e por isso são boas, no fundo não amam ninguém e são boas apenas porque não são más." (52)

"sem ele, Oblómov de novo se afundou até as orelhas em sua solidão e isolamento, dos quais só poderia ser retirado por algo extraordinário" (92)


O passado, Alan Pauls

"(...) uma mensagem, uma carta, três linhas apressadas ou páginas inteiras de abnegação confessional que Sofía redigira a sós, nos raros intervalos em que existia sem Rímini, mas para ele: fechada num quarto, sentada num bar, debruçada numa mesa forrada de guardanapinhos, ou insone em plena madrugada (...)" (15)

"Pois para eles o amor era de ordem superior." (41)

"De modo que as fotos ficaram ali, estancadas em sua indeterminação, como amuletos que, retirados de circulação, não tivessem outra coisa a fazer a não ser acumular energia e significado." (53)

"'Nem sempre a pessoa escolhe a melhor maneira de recuperar o equilíbrio', disse em voz baixa, como se recitasse um axioma de seu catecismo particular." (137)


Pauls, Alan. O passado. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Notre-Dame de Paris, Victor Hugo

"− Je ne t'aime pas ! s'écria la pauvre malheureuse enfant, et en même temps
elle se pendit au capitaine qu'elle fit asseoir près d'elle. Je ne t'aime pas,
mon Phoebus ! Qu'est−ce que tu dis là, méchant, pour me déchirer le
coeur ? Oh ! va ! prends−moi, prends tout ! fais ce que tu voudras de moi.
Je suis à toi. Que m'importe l'amulette ! que m'importe ma mère ! c'est toi
qui es ma mère, puisque je t'aime ! Phoebus, mon Phoebus bien−aimé, me
vois−tu ? c'est moi, regarde−moi. C'est cette petite que tu veux bien ne pas
repousser, qui vient, qui vient elle−même te chercher. Mon âme, ma vie,
mon corps, ma personne, tout cela est une chose qui est à vous, mon
capitaine. Eh bien, non ! ne nous marions pas, cela t'ennuie. Et puis,
qu'est−ce que je suis, moi ? une misérable fille du ruisseau, tandis que toi,
mon Phoebus, tu es gentilhomme. Belle chose vraiment ! une danseuse
épouser un officier ! j'étais folle. Non, Phoebus, non, je serai ta maîtresse,
ton amusement, ton plaisir, quand tu voudras, une fille qui sera à toi, je ne
suis faite que pour cela, souillée, méprisée, déshonorée, mais qu'importe !
aimée. Je serai la plus fière et la plus joyeuse des femmes. Et quand je
serai vieille ou laide, Phoebus, quand je ne serai plus bonne pour vous
aimer, monseigneur, vous me souffrirez encore pour vous servir. "

(435)


Hugo, Victor. Notre-Dame de Paris. Le livre de Poche: Paris, 2009.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Bhagavad Gîtâ - a mensagem do mestre

Tradução de Francisco Valdomiro Lorenz

"4. Em minha natureza, há oito formas elementais, conhecidas como: terra, água, fogo, ar, éter, mente, razão e consciência individual.

5. Mas, além destas formas da minha natureza material, possuo uma natureza espiritual, superior e mais nobre: é o Princípio que vivifica e sustenta o universo." (86)

"16. Há quatro classes de gente que a Mim se dirigem: os infelizes, os que investigam a verdade, os bondosos e os sábios." (99)

"42. (...) Sabe que Eu sustento todo este universo continuamente, só com um infinitesimal fragmento de Mim mesmo". (116)

"17. Amo aquele que não se apaixona, nem odeia, não se entristece nem cobiça, e desapega-se das ações tanto boas como más." (130)

"5. Que se libertem da ilusão do egoísmo, vençam o pecado dos apegos e residam sempre no Eu. Então o abandonarão os objetos sensórios e com eles desaparecerão os 'opostos' conhecidos como prazer e dor. contemplarão vivamente o Eu, e assim atingirão a meta imutável." (146)

"6. Estes atos, como a Yoga, devem ser praticados, mas sem apego aos seus resultados e sem interesse pessoal." (162)



Bhagavad-Gîtâ: a mensagem do mestre / tradução de Francisco Valdomiro Lorenz, 22 ed. São Paulo: Pensamento, 2006.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Suicídio e alma, James Hillmann

"Quer seja 'um leão, um precipício ou uma febre', cada morte é nossa própria criação." (73)

"A alma já deixou o mundo no qual o corpo se move como um boneco pintado." (85)

"Assim como é a hora da verdade, é também o momento do desespero, porque não há esperança." (101)

HILLMAN, J. Suicídio e alma. Petrópolis: Vozes, 2011.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Diário do hospício, Lima Barreto

"Não quero morrer, não; quero outra vida." (58)

"Todos eles estão na mão de um poder que é mais forte do que a Morte. A esta, dizem, vence o amor; a Loucura, porém, nem ele." (91)

"O Torres, o tal que matou o rival em amor, diz que viveu doze anos num ovo." (131)

BARRETO, Lima. Diário do hospício; O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac Naify, 2010.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O vermelho e o negro, Stendhal

"Os romances teriam indicado a ambos o papel a desempenhar, teriam mostrado o modelo a ser imitado, e a vaidade, cedo ou tarde, teria forçado Julien a seguir esse modelo, ainda que sem nenhum prazer e talvez de má vontade." (57)




"A mão se retirou rápido, mas Julien julgou que era seu dever conseguir que a mão não se retirasse quando ele a tocasse. A ideia de um dever a cumprir e de incorrer em ridículo, ou melhor, num sentimento de inferioridade, caso o objetivo não fosse alcançado, afastou no ato todo prazer do seu coração." (70)

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